Aqueles sonhos estão despertando
Eu estive adormecido por algum tempo e foi como se tudo estivesse acontecendo em um plano que não eu participava.
Me comprometi com a frieza metálica e estive sorrindo por trás de uma máscara que não era a minha.
Continuo alheio às pequenices bonitas, as grandes, no entanto, têm me balançado de forma afável.
Me lembrei daquelas palavras nunca ditas.
Encontrei no seu olhar, durante anos, a resposta que nunca ouvi
Busquei nos seus lábios o falecido encanto
E em tudo que vivemos, tive o prazer de amar por nós dois
Porque vivi por nós e, respirando por mim, não percebi quando te sufoquei de minha existência.
Já depois do fim, naquele diário sem pontos finais, eu descobri que eu não soube escutar,
Não soube me atentar aos gestos teus.
Acho que, enfim, não amei nem por mim.
Mas não há nenhum lamento aqui, apenas um importante registro do que fomos.
domingo, 21 de maio de 2017
sábado, 20 de maio de 2017
Foi-se
Não se apresentava como humano.
Era nem físico nem etéreo.
Perpassava as vidas de forma imanente
Mas, dotado de certa consciência,
Percebia nos homens a tristeza
Julgava-nos como criatura doente
Não acometidos de patologias corporais
Mas defasados na mente
Origem da razão, tradução livre do devir
No entanto, nos acusava à extinção
Sem escusas da paixão
Decidiu-se por partir,
Nos condenar à solidão
Sua ausência fez-se bela
Como cores de aquarela
Espalhadas pelo chão
E foi-se o amor.
.
Era nem físico nem etéreo.
Perpassava as vidas de forma imanente
Mas, dotado de certa consciência,
Percebia nos homens a tristeza
Julgava-nos como criatura doente
Não acometidos de patologias corporais
Mas defasados na mente
Origem da razão, tradução livre do devir
No entanto, nos acusava à extinção
Sem escusas da paixão
Decidiu-se por partir,
Nos condenar à solidão
Sua ausência fez-se bela
Como cores de aquarela
Espalhadas pelo chão
E foi-se o amor.
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domingo, 14 de maio de 2017
Nuvens passageiras
Eu fiz questão de apagar sua memória. Quaisquer lembranças foram substituídas por loucuras desregradas em noites tumultuadas cheias de outras pessoas.
Mas como um Flash grosseiro, eu de vez em quando ainda te vejo passar como nuvens carregadas sobre mim.
No fim sabemos que não há de chover, mas também há de sabermos que se vejo a tempestade corro em vão para alcançá-la.
Ao que me move, assim eu alço meus voos rasantes.
Mas como um Flash grosseiro, eu de vez em quando ainda te vejo passar como nuvens carregadas sobre mim.
No fim sabemos que não há de chover, mas também há de sabermos que se vejo a tempestade corro em vão para alcançá-la.
Ao que me move, assim eu alço meus voos rasantes.
sábado, 13 de maio de 2017
Amador
O homem de espírito derrotado se julgou capaz de amar
Das lágrimas correntes escorridas em sua pele, sentiu-se vivo
Da dor fez premissa dos encantos, mas amar não era nada daquilo
Ora desistiu cedo das emoções por ser o amor o indecifrável mais bonito
O caos dentro de sí, o fim, o meio e o início.
O amor é o mais bonito instrumento letal da felicidade,
O amor ausente é dor latente de saudade
É a coincidência radical em meio à causalidade.
É a pior definição de um verborrágico
Mas é belo...
É belo ainda que trágico.
O amor
segunda-feira, 8 de maio de 2017
Diante da impossibilidade
Como vírgulas nos textos, a memória do sorriso dela completava os momentos de silêncio.
E como manhã, sua imagem aquecia a serenidade da noite em mim.
Sei que são quase impossíveis, inviáveis e desaconselháveis- mazelas-.
Mas as coisas difíceis, muito além de encantadoras e finitas, são belas.
E como manhã, sua imagem aquecia a serenidade da noite em mim.
Sei que são quase impossíveis, inviáveis e desaconselháveis- mazelas-.
Mas as coisas difíceis, muito além de encantadoras e finitas, são belas.
domingo, 7 de maio de 2017
Motivos
Mas o fato é que eu acato todos os motivos que me dão para desistir.
Eu juro, é sempre uma opção a ser feita, abrir mão de algo bonito é experimentar a liberdade,
No entanto, eu me basto no único motivo que tenho para continuar,
E eu sigo de encontro à felicidade.
Eu juro, é sempre uma opção a ser feita, abrir mão de algo bonito é experimentar a liberdade,
No entanto, eu me basto no único motivo que tenho para continuar,
E eu sigo de encontro à felicidade.
terça-feira, 2 de maio de 2017
Mas seja.
Eu sou - e quero ser - Escravo eterno do sentir
Pois porquanto que não vibro, não existo
Não há sequer um emaranhado de confusões em mim
Desde que me curou da agonia, nada mais restou aqui
E eu insisto, que sinta, ainda que não seja tanto amor
Ainda que não seja bom
Pois porquanto que não vibro, não existo
Não há sequer um emaranhado de confusões em mim
Desde que me curou da agonia, nada mais restou aqui
E eu insisto, que sinta, ainda que não seja tanto amor
Ainda que não seja bom
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