sexta-feira, 24 de junho de 2022

O medo de formigas, não de grilos

 Encontrei por aqui uma vívida e animada esperança. Ela se alimentava das pequenas folhas do jardim e descansa sob a luz do sol. 
E eu, de egoísta, tratei logo de me deixar apegar. E a esperança pousava livre e calma em mim.

Dei àquela esperança o nome de amor. Parte por ela gostar das folhas de amora, ora porque há sempre esperança no amor.

Dia desses eu pensei em carregá-la comigo, mas  meu coração anda fraco, sem ritmo. 

Mas talvez levar amor consigo não fosse má ideia. Talvez me tachassem de louco, mas quem sabe por acaso encontraria entusiastas da esperança. Assim me acompanhariam sem julgar.

Bem, numa dessas tardes em que os raios de sol atravessam a janela eu decidi liberta-la. Então de peito carregado eu a deixei livre. E naquele momento fui feliz. Restringir amor para si sufoca também a esperança  de ser feliz. 

E agora vivo meus dias.