segunda-feira, 12 de junho de 2017

Moscou, 5h38min.

Inverno

Correntes e frentes frias invadindo a janela do meu quarto de forma abrupta.
Com pesar, enevoam o horizonte em carregadas nuvens de mil toneladas e megatons.

E eu?
...
Bom, me encolho em meu refúgio azul em disparate afável.

Eis que as barbáries me atormentam e num desespero de me reconhecer sem você, me faço e desfaço em mil faces... Eu sei, é inútil, em menos de 7 parágrafos eu já te encontrei.

Mas eu vou tentar esquecer, e quando isso acontecer, não mais deixarei meu relógio global marcado com os horários de Moscou e Londres.

Isso era para eu não me esquecer dos nossos destinos.

Afinal, quando eu olho pra frente ainda me sinto assentado em nós.

Mesmo sabendo que no fim nada disso foi verdadeiro o suficiente para nos levar lugar algum.



sábado, 10 de junho de 2017

Ato e potência

Um brinde

Antipatia, a aurora grosseira e o ar frio lancinante

É meu mundo, nem sequer desmoronou.

Eu destruí todo amor que havia em mim

Para viver a apatia de uma gravata pela selva de pedra.


O que há para se fazer?

recorrer multas de trânsito, me esconder em belas palavras escritas. Malditas sejam estas letras.

Porquanto a voz cala, a coragem se esvai e meu recurso falha.


E aos amigos, porque apesar dos vacilos meus, eles ainda estão ali me aconselhando em erros.