domingo, 21 de junho de 2020

Memento Mori

Uma fulgura propagada com alguma intenção sutil.

E de tempos em tempos se arruínam e me levam para qualquer lugar longe daqui. Onde, desta vez, por sorte eu talvez não esteja.

Não há como envaidecer o momento.

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terça-feira, 9 de junho de 2020

Entre o aroma e a correnteza

No meio de uma floresta há uma cabana.

Mas até chegar ao centro, percorre-se sobre as folhas e galhos secos que crepitam e anunciam sua chegada.

Os troncos úmidos são donos de histórias que inúmeras vezes, mas não sabem contar.
Os limos são tão presentes quanto a luz que chega. E as copas de tons alaranjados e outros ainda verdes conspiram sussurros, te inspiram a tomar um lugar para ficar.

O som das águas não distantes revela a nascente próxima. E também que a verdade está sempre ali depois das árvores que se podem enxergar. Talvez o som fluído seja tão transparente quanto a água que, dia a dia, se esvai corrente abaixo.

Caminhamos tanto que a cabana já está próxima.
São troncos rijos e seguros que tornam o lugar tão confortável quanto a paz do lugar.

A ação de entrar é tentadora, afinal a chaminé anuncia o aroma adocicado das ervas aromáticas que compõe o chá de tanta espera.

Mas me divido entre estar, sentir, fugir e tantos outros mil que não sei bem o que é mais adequado.

A paz não está em ver que o inimigo jaz. Mas que eles estão ocupados demais amando para infligir qualquer mal.

É no caminho que me vejo. Qualquer coisa entre a correnteza que se aproxima e o aroma Confortável.

Talvez as árvores me digam o que sussurram e, por fim, guardem o segredo por mim.