Estou cansando.
O tempo é curto, eu sei.
Mas eu quero fazer o máximo.
Embora não pareça, o máximo de mim ainda é pouco.
Porque sou um catado de embaraços enlaçados de traumas torturantes.
Ou pelo menos o pedaço que resta deste novelo confuso.
E se hoje tento tecer qualquer coisa, digo, é impossível de mãos atadas.
Melhor seria pelas suas mãos. Mas as agulhas já não trabalham,
parecem agora estar voltadas contra mim.
E eu insisto, sei de cor uma receita de uma bela trama.
Mas sozinho eu não me movo por inteiro.
Entrego meus nós ao destino
Me acovardo no momento em que perco o ponto.
Permaneço no lugar de paz.
Aguardando reservado o impossível me aprouver qualquer migalha.