terça-feira, 13 de julho de 2021

Desembaraço

 Estou cansando.

O tempo é curto, eu sei. 


Mas eu quero fazer o máximo. 
Embora não pareça, o máximo de mim ainda é pouco. 
Porque sou um catado de embaraços enlaçados de traumas torturantes.

Ou pelo menos o pedaço que resta deste novelo confuso.


E se hoje tento tecer qualquer coisa, digo, é impossível de mãos atadas.
Melhor seria pelas suas mãos. Mas as agulhas já não trabalham,
parecem agora estar voltadas contra mim.

E eu insisto, sei de cor uma receita de uma bela trama.


Mas sozinho eu não me movo por inteiro.


Entrego meus nós ao destino

Me acovardo no momento em que perco o ponto.

Permaneço no lugar de paz. 

Aguardando reservado o impossível me aprouver qualquer migalha.