domingo, 3 de fevereiro de 2013

De volta ao inédito.




É  incrível poder sentir cada pelo do meu corpo enrijecendo e formando uma camada totalmente penetrável aos sentimentos de culpa e amor envergonhado no tom conjurado entre meus lábios.


É incrível não precisar pensar e apenas sentir como tudo perde o sentido e as palavras se conflitam e fazem da dor, inerentes à minha poesia supérflua e ao que eu volto e sempre voltarei a fazer, mesmo sabendo que  o caminho certo seria deixar. Simplesmente deixar.

Se eu puder e for sensato o suficiente, eu prometo não atrapalhar mais...
 ... Seja em minha existência, tempo roubado, distância tomada, voz desafinada, arritmo...

É incrível dar conta de que em toda carência ausentada e presente, eu me fiz apelado nos tempos e fundamentações que nunca fugiram de mim.
Seja minha filosofia estranha, meu pra sempre finito ou até mesmo em minhas promessas descumpridas.

Mas... Estranho é não poder... Poder e não dever.... Talvez nenhum, talvez todos, mas sempre conflitando
claramente ou não com clichês sem sentido... Uma hora eu teria de enfrentar a tempestade. Sabendo eu que
gosto de tempestade, temo agora o que há por vir, porque de uma forma ou de outra, haverá cobrança e
medo..  Haverá o que não deveria.. Talvez haja dor, talvez haja sentido ou sentimento..

Acho que não posso fazer você me amar.

Mesmo não querendo desistir, acho que pode ser melhor assim..Ainda que haja uma dor constante, uma dor recente, uma dor inédita ou velha inimiga conjunta..
Mas ao final de toda tempestade, há um lindo arco-íris que nos mostra formas originais de sermos autênticos em nossa felicidade..

Não estou me assistindo..
Estou aprontando as malas pra me fechar ao meu velho e tortuoso mundo novamente.

Só quis ou senti mais do que devia..

(Minha especialidade.)