sábado, 20 de maio de 2017

Foi-se

Não se apresentava como humano.
Era nem físico nem etéreo.


Perpassava as vidas de forma imanente

Mas, dotado de certa consciência,
Percebia nos homens a tristeza

Julgava-nos como criatura doente

Não acometidos de patologias corporais

Mas defasados na mente

Origem da razão, tradução livre do devir

No entanto, nos acusava à extinção

Sem escusas da paixão

Decidiu-se por partir,

Nos condenar à solidão



Sua ausência fez-se bela

Como cores de aquarela

Espalhadas pelo chão




E foi-se o amor.



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