Já não sei bem dizer o que me ocorre com tanto tempo que flui como sangue em mim.
É como se eu soubesse que sou outra pessoa, que mudei e que as coisas mudaram também.
Veja que a distância virou rotina e as previsões de melhora são nada além de previsões.
O mundo de provou melhor sem as pessoas. É um triste mensagem ou presságio.
E em minha simplória evolução, condiciono o nada com o comum.
Sou o mais do mesmo registrado toscamente aqui com o eterno medo de ser esquecido.
E talvez por isso me adiante tanto. Porque a ansiedade não é um bicho de sete cabeças, mas um monstro como uma hidra que tem suas cabeças multiplicadas em cada corte.
Clepsidra. O tempo roubando nossa vida.
E meus passos na direção correta são sempre atos de um processo sem volta. Eu caminho para o mesmo lugar. Meu destino não muda com a troca de direção.
Sou um eu perdido no meu mundo, que agora é um pouco mais meu em razão de toda tragédia que o mundo se meteu.