O mar está de ressaca
Bebeu tanta tristeza
Que se afogou em solidão
Talvez menos doses dela
E ele ainda estaria são
Mas não pude evitar
Num momento de angústia
Mergulhei em ti, ah! mar
Não tive o intento de te embriagar
Mas só assim pude me desaguar
Fiz de minhas lágrimas tu'aqua
tão salgada e tão sensata
Que por pouco não bebi
Tão logo entrei, sorri
E então lá deixei minha mágoa
Despido trajado de ti
Tranquilo partindo de nós
Eu e o mar estávamos a sós
O mar te pediu e eu assenti
Ela ficou e eu me despedi
sexta-feira, 22 de abril de 2016
segunda-feira, 18 de abril de 2016
Não há temporal
Não dar-te-ei gostos piores dos que já provei
Estes fazem-me enjoar, lamentar e sucumbir
Peço-te que deixes apenas os papéis escritos de carvão os rabiscos teus, mesmo que te agrades ou a mim, ou meu coração.
Portanto, façamos do que vivemos apenas memória, não escrita, não pintada, teus desenhos hão de desbotar, mas não far-se-ão de lamentos, apenas velhos registros.
E antes que perguntes, responder-te-ei que sim, teus pesados passos delicados hão ecoar todo mosteiro, far-me-ão cantar, ou não. Por amor que terá sido decidido em nossa história uma canção.
Ao passo que teus passos hão hesitar a ele e correrdes-vos uns aos outros eu e tu. Para que então, naquele abraço se me desses, desestruturá-lo-emos o espaço todo.
E em mim viverás tu porquanto há de ter no que de teu ainda me faço, ou me coração bater, ou me entrego ao acaso.
Estes fazem-me enjoar, lamentar e sucumbir
Peço-te que deixes apenas os papéis escritos de carvão os rabiscos teus, mesmo que te agrades ou a mim, ou meu coração.
Portanto, façamos do que vivemos apenas memória, não escrita, não pintada, teus desenhos hão de desbotar, mas não far-se-ão de lamentos, apenas velhos registros.
E antes que perguntes, responder-te-ei que sim, teus pesados passos delicados hão ecoar todo mosteiro, far-me-ão cantar, ou não. Por amor que terá sido decidido em nossa história uma canção.
Ao passo que teus passos hão hesitar a ele e correrdes-vos uns aos outros eu e tu. Para que então, naquele abraço se me desses, desestruturá-lo-emos o espaço todo.
E em mim viverás tu porquanto há de ter no que de teu ainda me faço, ou me coração bater, ou me entrego ao acaso.
No sorriso dela
Hoje queria te trazer aqui
E conversar,
e abraçar,
Te fazer rir
e rir;
Mais ouvir do que falar,
mas falar,
Mais ver do que ser visto,
mas ser visto
naquele sorriso seu,
e rir.
Dizer coisas bonitas,
Me encantar com seu encanto
E até levar embora
Ter que me despedir
e rir.
Voltar para casa
Antes de dormir, ligar,
Dizer besteira qualquer
E rir
Enfim deitar
No remanso breu
saber que meu riso era ela
e o dela era eu
então também poder enfim somente
sorrir,
E conversar,
e abraçar,
Te fazer rir
e rir;
Mais ouvir do que falar,
mas falar,
Mais ver do que ser visto,
mas ser visto
naquele sorriso seu,
e rir.
Dizer coisas bonitas,
Me encantar com seu encanto
E até levar embora
Ter que me despedir
e rir.
Voltar para casa
Antes de dormir, ligar,
Dizer besteira qualquer
E rir
Enfim deitar
No remanso breu
saber que meu riso era ela
e o dela era eu
então também poder enfim somente
sorrir,
e sorrir.
quinta-feira, 14 de abril de 2016
Sorriso esquerdo.
Certa vez ouvi num filme que a lua tornaria menor a distância entre os dois
Outra vez eu vi um casal rodopiando antes de cair na neve sorrindo
Me lembrei de interpretar aquela música que nada tinha a ver comigo, mas forcei
Cozinhei um prato diferente e não segui a receita, como de praxe
Dirigi calmamente pelas ruas e dei preferência a qualquer um
Dou bom dia para transeuntes inesperados e sorrio
Levanto cedo para ler, assim como transcrevo pelas madrugadas
Fui à confeitaria tomar um lanche sozinho, me planejo ir ao cinema
Andei a pé pelo centro e fui ao sebo de novo
Dei uma olhada nos mesmos livros
Voltei pra casa sem mais delongas, sem pressa
Continuei a estudar para algumas provas
Não encontrei ninguém no caminho para atrapalhar minha rotina
Mas ninguém também pra eu fazer como nos filmes
Como eu prefiro.
Outra vez eu vi um casal rodopiando antes de cair na neve sorrindo
Me lembrei de interpretar aquela música que nada tinha a ver comigo, mas forcei
Cozinhei um prato diferente e não segui a receita, como de praxe
Dirigi calmamente pelas ruas e dei preferência a qualquer um
Dou bom dia para transeuntes inesperados e sorrio
Levanto cedo para ler, assim como transcrevo pelas madrugadas
Fui à confeitaria tomar um lanche sozinho, me planejo ir ao cinema
Andei a pé pelo centro e fui ao sebo de novo
Dei uma olhada nos mesmos livros
Voltei pra casa sem mais delongas, sem pressa
Continuei a estudar para algumas provas
Não encontrei ninguém no caminho para atrapalhar minha rotina
Mas ninguém também pra eu fazer como nos filmes
Como eu prefiro.
domingo, 10 de abril de 2016
[Mas eu amo.
Sinto que não sei mais escrever
Mas escrevo
Penso que não devia mais sentir
Mas eu sinto
Finjo que não quero ninguém
Mas eu quero
Sorrio pra tentar esquecer
Mas eu lembro
Faço longos meus dias
Mas são curtos
Imagino em sonhos viver
Mas não vivo
Que eu não fizesse iludir
Mas iludo
Simulo sorrisos abertos
Mas eu choro
Empatia resume meu ser
Mas só tolero
Gostaria de poder abraçar
Mas não posso
Me aflige a dor e prazer
Mas eu gosto
Não dizer novamente seu nome
Mas eu chamo
Prometer nunca mais te amar
Mas escrevo
Penso que não devia mais sentir
Mas eu sinto
Finjo que não quero ninguém
Mas eu quero
Sorrio pra tentar esquecer
Mas eu lembro
Faço longos meus dias
Mas são curtos
Imagino em sonhos viver
Mas não vivo
Que eu não fizesse iludir
Mas iludo
Simulo sorrisos abertos
Mas eu choro
Empatia resume meu ser
Mas só tolero
Gostaria de poder abraçar
Mas não posso
Me aflige a dor e prazer
Mas eu gosto
Não dizer novamente seu nome
Mas eu chamo
Prometer nunca mais te amar
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