Tracei em volta da lua uma linha branca de giz
Determinei meu próprio equador para que não ultrapasse os limites entre o norte e o sul
Mapeei meus graus e horas para estar conforme e de acordo
Mas meus polos opostos me atraíram.
E eu, com medo de enfrentar a força que vinha não sei de onde, saí de órbita.
Assim, vaguei solto ao seu redor como satélite
Vago no espaço, de corpo inerte
observando o traço feito um anel de pó de giz
Com medo de que a reentrada me obrigasse a escolher um polo e, por consequência, renunciar ao outro.
Então, no silêncio do cosmos que descansa enquanto expande, adormeceu.
E sonhou com uma escolha em que, de alguma maneira, havia o encontro entre o norte, o sul e eu.
Pois o traço embaraçoso que fez se foi com o tempo.
Curioso que se achou no instante em que se perdeu
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