O tartalhar da máquina de escrever rompia o silêncio do cômodo
Nas paredes velhos quadros empoeirados curtidos de ócio
O chão de madeira disforme, seus tacos se agitavam querendo saltar do piso
A casa velha e una tinha melodia fria como as notas agudas de um piano
É que no mais profundo abismo daquele lugar havia escondido um tesouro
Suas sombras penumbrais das janelas finas e compridas causavam certa assinatura
Mas que o papel da máquina já se esgotava entre mil textos de ouro
Por trás de cada gesto gasto da ponta dos dedos digitantes havia medo
Em que a cada nota tinha uma palavra, e cada letra era um segredo.
Se havia havia agitação do vento era porque as cortinas queriam bailar
Mas que apesar de velho e gasto, tudo que havia era paz naquele lugar.
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