quinta-feira, 8 de março de 2018

Phoenix

No escuro e em completa agonia eu ouvi vozes me dizendo para desistir
E em todo aquele caos gerado, eu senti o chão frio me castigando as costas.
Me senti como há muito não vivia. Mas por sorte foi temporário. Pois
Quem sempre esteve comigo repetiu que continuaria sempre que eu precisasse.
Umas vezes eu chego a duvidar. Mas eles provam que sempre estão e são
Em mim como eu para com eles.
Voltando ao normal e deitado no completo tédio da existência,
Organizei meus erros e lamentos em um lugar que não posso acessar.
Como se eu escondesse de mim mesmo a chave do próprio sentir.
E cochilei feliz sem poder destrancar meus medos de novo.
Mesmo sabendo que mais cedo, menos cedo eu volto ali.
Estou calmo e ameno para continuar.
Insisto que nada seja eterno, a felicidade nem tampouco a dor.
Gostando ou não de ser tão intenso, nada faz acreditar que
No escuro, a intensidade não consome sorrisos, mas sim
Os corações fragilizados de tanto bater por um adeus.
Respeito tudo que me obrigam, mas não posso cobrar sentir
Esperança ou qualquer tipo de boa emoção.
Para que então eu faça votos, além dos melhores, agradeço
Aos pedros que não me deixam cair na maior parte do tempo.
Respiro, sinto e sigo forte mesmo enquanto tudo desmorona em mim.
Ardo em chamas como fênix, mas sei que se eles dizem algo eu
Sinto melhor do que mil dos meus pensamentos.
Estilhaçado e semi-quebrado eu enfrento de muito perto a morte,
Mas sempre desvio no último instante e nego o medo de temê-la.
Por mais que eu tema e queira evitar. Também por isso eu
Recuo e me deixo ir ao fundo.
E no fim, renasço mais forte das cinzas de mim

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