Escrevi nossa história com giz de cera
descrevi registros que não existiram, inventei realidades para ilustrar a nossa de uma maneira especial.
Experimentei músicas que não eram nossas e saboreei cores que não pintamos.
Sei das coisas que fiz para nos tornar mais sólidos. Me entreguei a romances que não existiam e a consequência foi a distorção do que vivíamos.
Sinto muito.
Desculpe-me pela paixão
Desculpe-me pela paixão
Sei que violar a paz é também te ver partir (de novo).
Do que escrevi, as palavras se foram, mas as frases e as cores ficaram.
As cores de cera derreteram, é verdade, mas se uniram em um espectro mais poético que meus textos gastos.
Mostram que, mesmo no calor, as escolhas que fizemos são perpétuas em mim.
E eu me derreto
E eu sinto muito..
Sinto muito.
Sinto muito.
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