Ele percebeu que havia um rastro delicado quando riscava com a ponta dos dedos na pele dela.
Ela sorriu por perceber o rosto bobo dele quando aprendeu a escrever.
Ele se animou e também por sobre a pele se esgueirou, de perto viu e beijou.
Ela arrepiou, um suspiro sutil, sua pele antes era papel de escrita, agora era tela de gravura.
Ele sente a respiração dela, toca fundo na alma e seu corpo agora flutua.
Ela é por dentro um barco preso ao dique, sobre ondas na imensidão a descansar.
Mas sem que haja rio, leito, oceano ou mar.
Ele era por dentro uma tempestade incontrolável decerto
Ela era por dentro tão certa quanto um barco no deserto.
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