sábado, 20 de fevereiro de 2016

APATIA

Foi tão de repente
Que eu mal senti a dor.

Foi tão rápido que eu fechei os olhos.

Quando abri não havia ninguém.

Fora sido como arrancar um dente.

Mas que a completa ausência só poderia fazer mal.

Então eu rapidamente desfrutei do desgosto de arrancar meu coração.

Para que fosse legítima a cura desses males que me acometem.

Me fiz forte na dor, ausente no amor, desamante da paixão.

Fui fraco na prova, fui forte de covarde, duvidei dessa tal sorte.

Porque agora não há mais mal.

Não há mais cor.

Não há amor.

Não há dor.

Nem mais o corte.

Não há mais nada.

Será mesmo alguém de sorte?

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