segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Dormente

Não é por qualquer coisa
É a ausência do que sinto
É o silêncio desapontado
Sinto perder o ar
Vejo os dias se arrastando
O tempo passando
Tudo acabando
Mas não vejo você voltar.

Isso dói, machuca
Dentro de mim não há de sair
É a constatação da saudade
No gosto mais doce de uma fruta
Que nunca amadurecer ou do pé cair

Como não dizer nada
Se o silêncio grita por mim
É como se cada noite
Cada nota estivesse desafinada
E não tenho mais seu Sim

Tenho apenas um grosseiro companheiro
Que toda noite vem em desespero
Lembrar que sou lobo de mim mesmo
Que ninguém quer ou vai me completar
E que o tolo que sou, já não cansa de tanto amar.

Mas sim, eu sei o que senti
Sem vergonha e receio
Porque você conquista o mundo todo
Mas não conquista o mundo inteiro
Terás em meu modo torto
Todo amor que há em ti
E não um passageiro.

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