Seus olhos cor-de-girassol (impossível de existir), fizeram as flores do meu peito desabrochar com aquele medo bobo de quem, antes de entrar numa piscina, teme a temperatura da água.
E eu, como quem não pudesse prever, me vi num compasso não ensaiado dançando sobre um túmulo de desafetos.
Eu senti as mãos suarem, o corpo arrepiar, o sorriso descontrolar.
Como se um peixe já fora do aquário ainda pudesse respirar.
E eu respirei seu cheiro que é perfume.
Vivi saudade apressada e horas corridas.
Quis te ter além de mim.
Segurei suas mãos inquietas como meus pés
E vivi ao o encanto da imaginação.
Seu encontro e minha ansiedade.
E agora seus olhos.... Que me provaram existir as tais cores-girassol.
Mas talvez, como sempre, só tenha me sido permitido viver para que hoje seja nostalgia e composição de letras frias.
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