segunda-feira, 29 de abril de 2019

Ad astra


Talvez eu leve nos sonhos o medo e a fuga daquilo que espero

Como se eu fugisse desta realidade ou daquela.

Eu aguardo por frases que nunca direi
E contemplo a liberdade que nunca terei

Porque por vezes eu desacredito da vida quando amarga

Mas que tanto me alegro quando, por caminhos difíceis, chego às estrelas.

E caminho leve pelo cosmos como se a vida, ainda que sem sentido, fosse boa.

Porque alguns tons sobrevalescem aos sentimentos cediços que guardo.

Como se até mesmo um passeio fúnebre guardasse sorrisos de viagens
e as falas, mesmo as políticas ou as poéticas,
construíssem atalaias em que se enxergam as serras do mar.

Quais eu vejo pela copa desta árvore que sou
Em que admiro pássaros que alcançam em sobrevoo...


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