segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Apocarp

Ouça os sons que bradam do norte

São montanhas que se derramam no inverno

E que clamam nossos nomes nos eternos.

Ouça.

Tenho um coração acovardado de sentir
Mas que exposto ele trata de repetir.
 "Ainda vivo, ainda bato"
Eis o inverso do que sinto
posto que retumba e eu que abafo.

Hei de crescer estas raízes
E quando firme, viverei
Por ora somos livres
Pra que eu seja outra vez

Tenho tempo e tomo um canto
Como a vida em desencanto
Hei de colorir a estrada
Pra seguir entre meus galhos
Quais me deixarão sem farpas.

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