Ela é flor
É a mais bela dentre aquelas cujos nomes nem me lembro
É doce em seus cachos desenhados
É a dona dos olhos que roubam o palpitar do coração.
Dona dos dias que, mesmo iguais, são mais coloridos com um sorriso.
Ensaios de um diálogo refeito todas as noites durante o banho
Mas que nunca se concretizam no olhar direto
Porque metade de mim se foi
E outra metade inteira ainda é sua
Me instabilizo nestes lábios
E ainda me lembro da nossa lua.
Sem mais campos, sou apenas o apenas. Preso num corpo que não se dá conta do tempo
e vive uma só regra repetidas vezes. Sem emoções. Sem fortes emoções.
E vivo. No mais profundo tédio de minha existência, no mais profundo encanto de nada ser.
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