Às vezes sonho com aquela única estrela que me espia da janela do quarto.
Finjo ser o olho de um gigante que me observa curioso de longe tentando adivinhar meus próximos passos.
E toda vez que eu durmo, ele vela minha família por mim.
Temo que um dia eu dormirei até mais tarde, e então ele será o protetor dos sorrisos que mantiveram
os meus.
E quando ninguém mais restar aqui, quando tudo se desfizer em cinzas e poeira espacial. Só então
ele deixará de olhar por nós. Seremos todos como ele, vagando pelo infinito e vigiando de longe quem amamos.
Seremos vestígios passados, mas seremos luzes dançantes nos céus.
Seremos todos, seremos um.
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