sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Sem Sujeito.

Porque sempre vejo as coisas frente ao próprio corpo.

Estarei amenizado de tanta dor um dia,  e adianto desculpas pro meu amor, porque assim nunca mais serei só.
Mas por que há tanto desencontro em meus vocábulos?  Será que tenho veneno na garganta e sei liquidar meus maiores?

mesmo com motivos pra ter dor, sempre zelo e medo tenho de ter-te por tanto amor, e isso sim é um bom motivo pra querer ser feliz.

Não faço isso porque gosto, faço isso sem porquês. Faço por não ter outro jeito.

No caso de estar sempre a referir a este que os escreve, vou em primeira pessoa do singular, mas deixo o sujeito oculto para mostrar que, mesmo sendo tão egocêntrico,  estou sempre assim, sem me expor diretamente.


sexta-feira, 21 de março de 2014

sem falar no que sinto.

Eu quase aprendi a me afogar no espelho em navego.

Não atento ao relógio, rotina e disciplina, mas ainda no fim vejo o escuro iluminando o que já foi claro.

Venha me dizer que vou perder o sentido nas palavras poucas e mal grafadas em que me exponho.

Tenho sorte no peito e amor ao meu redor. As coisas se inverteram quando eu confiei, não devemos confiar uns nos outros, porque onde há amor há dor ou ódio.

Eu sei esquivar dos golpes, mas sinto tanto por ser atingido. Queria eu poder ter mil e dois anos pra poder aprender vida à minha existência e descobrir o que a ciência não sabe sobre o coração.

"não fala nada, deixa tudo assim, por mim".

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora
Apenas começamos

nunca estivemos tão perdidos a ponto de nos encontrarmos em perfeição no espaço. Sim, foi a coincidência mais bonita que pude viver e agora as coisas lindas são mais lindas quando você está.


É que talvez as coisas saíram do controle, afinal, não temos o mundo em nossas mãos, mas se temos amor em nossos corações a vida vale a pena ser vivida.

Obrigado por me fazer feliz todo esse tempo. E apesar das brigas, eu ainda sinto tanto por você no mais profundo do meu coração. Você ainda é a baixinha mais linda do mundo, ainda tem o sorriso mais lindo do mundo, os olhos mais expressivos e a sobrancelha mais perfeita, tem o rosto artesanal de anjos e virtudes sem igual.

Você é humanamente imperfeita, e é assim que eu quero sentir porque isso é perfeito pra mim.

Talvez tudo seja difícil pra gente por enquanto, mas saiba que enquanto houver uma pequena chance da gente ser feliz, eu vou fazer de tudo pra que seja assim.

E eu quero e vejo que podemos.

Já ia me esquecendo..
Ainda quer namorar comigo?

terça-feira, 1 de outubro de 2013

alvorada mordaz

Sentei no cais com a calça dobrada até o meio de minhas finas canelas e balancei meus pés mergulhados naquela água límpida para descobrir que o balanço das ondas produzidas pelos meus movimentos se dissipavam enquanto longe ficavam dos meus pés.

Meus olhos já são frios como o mar, não enxergam o sol e tudo não está como foi.
Talvez eu tenha chorado meu próprio rio e por mera vaidade e consequência, acabe me afogando neste.

Minhas tardes tem sido ótimas, mas eu não estou tendo nenhum momento de paz.

Pela noite eu venho de encontro a mim para constatar minhas falhas e erros que sempre me assombraram e assombrarão, porque meus dias serão o que são e será sempre assim.

Inclino-me à frente de meu ponto de equilíbrio e quando decido me arrepender já é tarde, apenas  sinto a água arrepiando-me por sua superfície que me acaricia de baixo para cima rapidamente e por inteiro.

Embora gelada, meus pulmões ainda ardem e eu não posso me segurar em nada, apenas me entregar ao escuro que me assenta leve para me dar tempo de despedir da luz que vai ficando distante acima de mim.

 E é aqui que eu encerro minha pequena grande expectativa.

ora ora

o céu de maio já não traz nuvens carregadas de outrora
o tempo se diverte brincando conosco enquanto corre a hora
e santifica-se do ar que enche os pulmões agora
aqui dentro está tão fresco, mas insisto em brincar lá fora
a infância é doce que tem gosto de doce amora

e os sons que ninguém dubla é o som do desespero de quem chora.

seja no amor infiel ou na criança que chutou pra fora  a bola

e a criança que não quis se isolar por conta da catapora
chora num quarto escuro porque não aguenta mais a demora
pois perde a vida quem deixa sua criança ir embora

e a morte se apresenta no fim, como finda o dia a aurora.